Elementos da equipa do IPCB – Politécnico de Castelo Branco (Fernanda Delgado de Sousa, João Paulo Carneiro, Margarida Ataíde, Miguel Rodrigues Ferreira, Celina Barroca e David Franco Frazão ), estabeleceram um ensaio de proveniências de esteva no final do mês de outubro.
A esteva existe em regiões de clima seco e quente, nas zonas de matagais xerofíticos e sob coberto de espécies arbóreas, em solos pobres e ácidos, com origem em xistos, granitos, arenitos e, mais raramente, calcários descarbonatados. Pode formar populações muito densas, denominadas estevais, que colonizam zonas ardidas ou perturbadas com alguma frequência. As suas propriedades bioquímicas continuam a ser estudadas, mas trabalhos recentes indicam que se poderá usar este recurso genético tão bem-adaptado, de forma viável do ponto de vista económico.
Este ensaio pretende medir e analisar, durante 2 anos, plantas de esteva provenientes de 10 populações diferentes desta espécie, selecionadas com base na sua elevada variabilidade genética. Foram plantadas cerca de 500 plantas, produzidas a partir de semente, com cerca de 1 ano de idade.
O interesse final do ensaio é a escolha de plantas com a maior produção de biomassa e com teores mais elevados de compostos fitoquímicos e farmacológicos, que podem ser utilizados na cosmética e na medicina. O objetivo é iniciar a um programa de melhoramento da espécie, para fornecer às partes interessadas um conjunto de plantas de esteva (Cistus ladanifer L.) selecionadas neste campo experimental, com elevado potencial económico.
Saibam mais sobre este projeto aqui: https://icultivar.pt/projetos/cistus-ladanifer-ensaio-de-proveniencia-com-objetivos-de-melhoramento-genetico-e-conservacao/