ntrodução e objetivos gerais
Na região de Beira Interior, à semelhança do que acontece no resto do país, os polinizadores são quase na sua plenitude insetos. Este grupo inclui em Portugal mais de um milhar de espécies distribuídas entre abelhas, moscas das flores, borboletas e outros grupos que têm diferentes contributos no vital serviço de polinização e que respondem de maneira diferente às alterações da paisagem e da gestão das zonas de produção agrícola. O estudo da polinização e dos polinizadores realizado pelo FLOWer lab no decorrer do projeto CULTIVAR tem como subproduto a produção de novos registos de espécies de insetos, resultado da amostragem em campo e manutenção da coleção entomológica do FLOWer lab.
Na região é esperada a presença de várias centenas de espécies polinizadoras, muitas delas ainda por reportar. Um primeiro trabalho resultado da identificação dos insetos amostrados durante a época de 2021 (em revisão, setembro 2022), duplicou o número de espécies de abelhas selvagens conhecidas na região, reportando uma espécie nova para a ciência e um novo registo para Portugal. Estes primeiros resultados salientam a biodiversidade presente na área de estudo do CULTIVAR e a importância e cuidado que lhe deve ser direcionada. Espera-se ainda publicar a lista de espécies colhidas na época de campo 2022.
Metodologia
Na época 2021 todos os insetos foram capturados na localidade de Vale de Prazeres, Fundão, a propósito do trabalho “Serviços de polinização em agroecossistemas: variação no tempo e no espaço”, com amostragens mensais durante 1 ano em 12 tipologias de habitats distintos em torno de uma instalação agrícola (inclusive).
No ano seguinte (2022) realizaram-se amostragens ao abrigo do trabalho “Mapeamento de serviços de polinização na Beira Interior”, em dois momentos do ano (início e fim da primavera) em 33 locais de amostragem distribuídos por 3 zonas biogeográficas e 11 tipologias de habitat distintos.
Após colheita, todos os espécimes são processados e alguns exemplares são mantidos em coleção entomológica. Seguidamente são identificados em laboratório com recurso à literatura taxonómica e experiência técnica. No fim, resulta a publicação de listagens de espécies, além dos dados ecológicos que lhes serão associados noutros trabalhos.
Técnicas utilizadas
Processamento de amostras em morpho-espécies.
Montagem de espécimes em seco.
Manutenção da coleção entomológica.
Observação e identificação de espécimes à lupa com recurso a literatura de identificação taxonómica.
Equipa responsável
Hugo Gaspar (técnico Cultivar – CFE-UC)
Sílvia Castro (CFE-UC)
Catarina Siopa (aluna PhD (FCT) – CFE-UC)
Sara Lopes (aluna PhD (FCT) – CFE-UC)
João Loureiro (CFE-UC)
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